Na manhã desta quarta-feira (17) equipe de investigação da 5ª SDP de Pato Branco cumpriu ordem judicial de busca e apreensão e cautelar de suspensão do exercício de função pública de um médico credenciado ao Detran/PR.

Chegou ao conhecimento da Polícia Civil a suposta e eventual prática do delito de corrupção passiva por parte de médico que, atuando no exercício da função pública, estaria exigindo vantagem indevida por ocasião dos exames que realizava em clínica credenciada ao Detran/PR. Foi instaurado inquérito policial e obtidas provas relacionados ao fato, tendo sido identificado o referido médico, bem como vítimas de corrupção passiva e concussão.

De acordo com o delegado Éder Alves de Oliveira, em diversas oportunidades o médico credenciado solicitava vantagem indevida para aprovar pacientes que se submetiam a exames de vista no procedimento de renovação da carteira nacional de habilitação. "Restou evidenciado que o ato criminoso era praticado diretamente pelo investigado, não havendo participação de terceiros, tampouco da clínica credenciada. O valor da vantagem solicitada não era fixo, oscilando em relação a cada paciente, tendo as solicitações variado entre R$ 800,00 (oitocentos reais) e R$400,00 (quatrocentos reais), tendo em determinado caso sido o valor reduzido à quantia de R$120,00 (cento e vinte reais), sendo na ocasião exigido tal pagamento sob pena de rebaixar a carteira do motorista", afirma o delegado.

A Polícia Civil demonstrou ao juízo que o suspeito se utilizava do cargo para praticar os delitos de corrupção ativa e concussão de forma reiterada, tendo representado pela suspensão do exercício da função pública, dado o justo receio da utilização do cargo para a prática de infrações penais, agindo de forma criminosa em detrimento do Detran/PR.

Durante as buscas domiciliares foram apreendidos documentos e dispositivos móveis, que serão encaminhados à perícia técnica. Assim que concluídas as diligências, o inquérito policial será encaminhado ao Poder Judiciário, com o indiciamento do investigado.

Fonte/foto: Polícia Civil