Os motoristas das categorias C, D e E, que não estão com o exame toxicológico em dia, serão multados mesmo se não estiver dirigindo. Quem está nessa situação, e tem habilitação com vencimento entre janeiro e junho deste ano, tem até 31 de março para fazer o exame. Quem estiver irregular por mais de 30 dias vai ser multado a partir de 1º de maio. 

Já os condutores dessas categorias, com a CNH que vence entre julho e dezembro, têm até 30 de abril para fazerem o teste. Neste segundo grupo, os motoristas com exame toxicológico vencido por mais de 30 dias serão multados a partir de 31 de maio. 

A multa vai ser aplicada mesmo que o motorista não esteja dirigindo, já que os prazos serão verificados de maneira eletrônica pelos Detrans estaduais e do Distrito Federal. A não realização do exame toxicológico é considerada infração gravíssima, pelo Código de Trânsito Brasileiro, com multa de R$ 1.467,35; além de sete pontos na carteira de habilitação.

O Vice-Presidente da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, Ricardo Heguele, explica que o exame é rápido, em cabelo ou unhas, para comprovar que não tiveram contato com substâncias psicoativas, que possam trazer prejuízo para a direção veicular.O médico Ricardo Heguele explicou que o uso dos pelos e cabelos na análise é porque através deles é ampliada a chamada janela de detecção. Ou seja, é possível verificar se o motorista fez uso de alguma substância, meses antes do exame. 

O especialista faz um alerta, inclusive para os motoristas que fazem uso de remédios com prescrição médica.Os motoristas podem verificar a situação acessando a área do condutor no aplicativo Carteira Digital. Depois, clicando no botão "exame toxicológico", onde já é possível verificar se está vencido ou não. Se estiver, a orientação é buscar um laboratório credenciado para realização do exame.

Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito, até o último dia 20 de março mais de dois milhões de motoristas das categorias C, D e E ainda não haviam realizado o exame. Destes, pouco mais da metade, está na região Sudeste. São Paulo é o estado com maior número de condutores irregulares: mais de 800 mil.

Fonte: Agência Brasil