Um homem de 28 anos sobreviveu a uma queda de mais de 20 metros de altura de uma araucária em Guarapuava. Lucas Claudino estava derrubando pinhas da árvore quando caiu, atividade que faz há 13 anos que Lucas para complementar a renda.

"Trepei nele, tirei 93 pinhas. Daí eu estava descendo, me agarrei no galho e joguei a corda, e dobrei com ela na mão. Na hora que dobrei nessa mão, ela arrebentou, aí que fui para o chão, e não vi mais nada. Só fui me acordar no hospital", relembrou o jovem.

O momento da queda foi registrado pelo irmão, Eliton, que pensou que Lucas havia quebrado o pescoço naquele momento. "Eu creio que foi a mão de Deus no ar, porque ele virou e caiu de lado, com os braços fechados e caiu em cima de um galho de pinheiro", disse.

Lucas teve cinco costelas quebradas e o pulmão perfurado duas vezes e afirmou que a sobrevivência "foi um milagre".

O acidente de Lucas é uma das sete quedas de araucárias notificadas a autoridades no Paraná desde 2019.

Conforme levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), de janeiro de 2019 a abril deste ano, foram notificados quase 32 mil acidentes de trabalho em todo o Paraná. Destes, 131 foram de queda de árvore, sendo sete casos com quedas confirmadas de pinheiros.

A idade das vítimas, ainda segundo a Sesa, é de 28 a 41 anos. A secretaria reforça, ainda, que o número pode ser maior pois muitos casos não são informados às autoridades.

Correto é pinha cair naturalmente

De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), na época de safra muitos trabalhadores se arriscam na derrubada de pinhas.

O instituto alerta, contudo, que a prática correta é que as pinhas caíam naturalmente dos pinheiros, o que garante que o pinhão está maduro e próprio para o consumo, além de dar segurança para quem faz a colheita.

(Fonte: G1)