O chefe da 7ª Regional de Saúde, Anderson Nesello confirmou na manhã desta sexta-feira (19), o credenciamento de 25 novos leitos de enfermaria na área da regional. Os novos leitos, 15 em Coronel Vivida (Instituto Médico Nossa Vida) e dez em Mangueirinha passam a integrar a rede de regulação feita pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e atender a macrorregional Oeste.

O informe epidemiológico da Sesa divulgado na quinta-feira (18) a situação da macorregional Oeste era que dos 208 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulta, 177 estavam ocupados (taxa de ocupação de 85%).

Com relação aos leitos de enfermaria adulto, são 208 e 162 estavam ocupados (taxa de ocupação de 78%). A macrorregional possuiu dois leitos UTI pediátrico, que estavam ocupados.

Total de leitos

De acordo com Nesello, com os novos leitos credenciados, a regional passa a ter 28 leitos UTI, — oito em Pato Branco, dez em Chopinzinho e Palmas —, e 74 leitos enfermar, — 22 em Pato Branco, 20 em Chopinzinho, sete em Palmas, 15 em Coronel Vivida e dez em Mangueirinha.

Diante do crescente de casos, o chefe da Regional avalia que uma possível abertura de novos leitos UTI na região é muito difícil, principalmente levando em conta a parte humana, ou seja, profissionais de saúde que são necessários para o credenciamento de novos leitos.

“A parte humana principalmente. É uma situação de cansaço físico, psicológico, enfim emocional. Não existe a possibilidade de outras pessoas entrarem na rede para compor a equipe, e mesmo que entrem [profissionais] precisam de uma capacitação e isso não se dá da noite para o dia”, pontua Nesello descrevendo o atual cenário como um “momento bem ruim”.

Ele lembra ainda que a abertura de um novo leito UTI não se resume a abertura da uma vaga, “precisa de rede de tubulação de oxigênio, existe todo um processo. São vário fatores que condicionam a abertura, além obviamente a abertura em si”. Ainda de acordo com o chefe da regional, ao longo de quase um ano de enfrentamento da covid-19, tentou-se a abertura de novos leitos e as instituições hospitalares também não conseguem disponibilizar a estrutura física necessária.

Ao mesmo tempo em que lembra que para a abertura de leito UTI são necessários aproximadamente dez profissionais, Nesello questiona se abertura de novos leitos, e ainda quantos mortes ainda serão necessárias serem notificadas para a população tomar consciência da necessidade de medidas preventivas.

FONTE: Diário do Sudoeste