Uma mulher acusa um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), de Pato Branco, de abuso sexual. O fato teria ocorrido no dia 11 de novembro, quando a vítima foi ao local na busca de atendimento por estar com dores na garganta e nas costas, suspeitando de Covid-19. O médico teria trancado a porta durante o atendimento e abusado dela.

A vítima prestou queixa na Delegacia da Mulher, onde foi ouvida pela Delegada Franciela Alberton e relatou detalhes sobre o abuso sexual. A mulher, que estava extremamente abalada, contou para a delegada que, durante o atendimento, o médico fechou a porta e encostou um objeto para que não fosse aberta e passou a tocar nas suas partes íntimas, exames alheios aos sintomas da vítima, inclusive com atos libidinosos. Após concluir o exame, o médico teria receitado a paciente um remédio para as dores na garganta e nas costas.

Conforme Franciela, o médico acusado já estaria sendo investigado por crime similar em Santa Catarina. A delegada elaborou uma medida cautelar solicitando o afastamento dele da Unidade de Pronto Atendimento, o que foi deferido pelo Poder Judiciário. O nome do médico não foi revelado, pois o inquérito corre em segredo de Justiça. A delegada afirmou que pode haver outras vítimas e pede se outras mulheres passaram pela mesma situação para procurar a Delegacia da Mulher. Franciela informou que o médico deverá responder por violação sexual mediante fraude. Esse tipo de crime ocorre quando o profissional no exercício da sua função, sem usar de violência ou ameaça, pratica ato contra a vítima, neste caso seria libidinoso, com ela pensando que está passando por exame clínico. A delegada vai ouvir mais algumas testemunhas para concluir o inquérito policial e encaminhar ao Ministério Público.

(Fonte: Diário do Sudoeste)