O diretor regional do Departamento Penitenciário (Depen), Marcos Andrade, e o coordenador regional da Casa Civil do Governo do Estado, José Ronaldo da Silva, receberam na manhã desta segunda-feira (28), uma comissão de familiares dos 41 presos da cadeia pública de Pato Branco, que testaram positivo para covid-19. Os detentos fizeram as reivindicações através das redes sociais com um celular, que tinham no interior do cadeião e foi entregue as autoridades.

Cristiane Silva, uma das representantes dos familiares dos presos, entrou no setor de carceragem com agentes do Depen para constatar a situação. Ela informou que tiveram uma conversa diretamente com os detentos, que aparentemente estão bem e repassaram o celular que fizeram o vídeo com as reivindicações. “Seu Marcos se comprometeu a mandar colchões porque algumas pessoas estão com colchões danificados. Além disso vão verificar as pessoas que já estão no direito de deixar a prisão. Ficamos muito felizes pela atenção e porque Marcos afirmou que terão várias melhorias na cadeia pública. Também tratamos sobre o envio de alimentos para os presos e vamos fazer uma comissão de familiares para fazer a entrega. As enfermeiras já estavam dando medicamentos para os detentos com covid-19 e fazendo testes em todos eles. Infelizmente não tem uma ala para separar os presos com a doença, mas vamos aguardar e ter fé em Deus que logo isso acabe”, completou.

Conforme o diretor regional da Casa Civil, José Ronaldo da Silva, o Governo do Estado quer tranquilizar as famílias dos detentos da cadeia pública de Pato Branco. Com isso, chamaram para Pato Branco Marcos Andrade, diretor regional do Depen, para receber a comissão de familiares, possibilitando que alguns deles entrassem dentro da carceragem. “Acredito que essa comissão de familiares conseguiu o seu intento e está trazendo as informações que receberam lá dentro dos familiares aqui para fora. Então para tranquilizar os familiares dos detentos e dizer que eles estão recebendo medicação, inclusive os que estão com suspeitas, dentro daqueles kits de protocolo do governo do Estado”, afirmou.

Com relação a nova unidade prisional na região para retirar a cadeia pública do centro de Pato Branco, José Ronaldo afirmou que existe o projeto, mas tiveram alguns problemas com relação a terrenos. “Um município, que eu ainda não posso adiantar, mas que é próximo de Pato Branco, já se posicionou positivamente em receber essa unidade prisional. A gente apenas espera a conclusão do pleito eleitoral deste ano, porque neste momento não se pode fazer doação de terreno. Então, a partir do momento em que concluir o pleito eleitoral, estaremos trabalhando na doação desse terreno para levar a cabo esse projeto da transferência da cadeia pública de Pato Branco com a construção de um presidio maior”, revelou.

O diretor regional do Depen, Marcos Andrade, disse que optaram por receber familiares dos presos, pois o vídeo na internet gerou preocupação e repercussão negativa. “Diante disso nós entramos com providências desde o primeiro momento. Ao sermos informados pelo pessoal da carceragem, tomamos providências entrando em contato com o pessoal do Município e colocamos à disposição a nossa enfermeira chefe de Francisco Beltrão, que nos dá todo o suporte na questão pela experiência e trato que já tivemos com algumas pessoas que se contaminaram ao longo dessa pandemia. Na manhã desta segunda-feira iniciamos uma força tarefa para fazer o atendimento e entrega da mediação necessária. Além disso, pegamos uma comissão de familiares e levamos próximas dos presos para conversarem. Nós sempre atendemos com a disponibilização de colchões e a questão daqueles presos que já estão com o seu tempo de cumprimento de pena findado. Estaremos fazendo os devidos encaminhamentos e aqueles que não tem advogado também fiquem tranquilos que nós iremos fazer tudo aquilo que é necessário para que sejam vistos e ouvidos”, destacou.

Com relação ao celular dentro do cadeião, Marcos afirmou que fizeram recentemente uma revista e nesta segunda-feira conversaram com os presos, que entregaram o celular de maneira voluntária. Ele revelou que já sabem como entrou o celular na cadeia e irão abrir o procedimento necessário para ouvir quem repassou o aparelho e os que fizeram o uso para tomar as devidas providências.

(Fonte: Diário do Sudoeste)