Em uma semana, os casos de dengue no Paraná saltaram de 257 para 354, segundo o boletim da doença divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde, uma alta da 37,7%. A doença está presente em 79 municípios pertencentes a 16 Regionais de Saúde do Estado. As Regionais com mais ocorrências são Maringá, Foz do Iguaçu, Paranavaí, Cornélio Procópio, Londrina, Umuarama e Campo Mourão.O Paraná apresenta hoje 3.355 notificações para a dengue.
Cinco municípios estão em situação de alerta para a doença — Inajá, Flórida, Uraí, Floraí e Indianópolis. A incidência registrada nestas cidades é maior que 100 e menor que 300 casos por 100mil habitantes.
O Informe Técnico também confirmou o primeiro caso de chikungunya do período, que começou a ser monitorado a partir de 28 de julho de 2019. O caso é “importado” e o local provável de infecção foi o município de Arapiraca, no estado de Alagoas. A pessoa que contraiu chickungunya reside em Araucária; é uma mulher, de 55 anos. Ela já foi medicada e passa bem.
O Boletim da Sesa também chama a atenção para o Serviço de Alerta Climático da Dengue do Laboratório da Universidade Federal do Paraná, que fornece informações para que os municípios identifiquem sua situação de risco. Nesta semana a publicação alerta municípios das regiões Oeste, Noroeste e Norte com condições favoráveis à proliferação do Aedes aegypti. A Secretaria da Saúde do Paraná reforça que o controle vetorial é o principal componente para combate à dengue e outras doenças.

Vacina nacional pode ficar pronta em 2020
Preocupado com o cenário epidemiológica da dengue neste ano, que teve aumento de 599,5% em comparação com 2018, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou que a vacina da dengue, produzida pelo Insituto Butantan, já está na última fase de testes. A previsão é que esta etapa seja finalizada em 2020. A vacina, de dose única, vai proteger contra os quatro sorotipos da dengue e está na terceira fase de desenvolvimento de testes em humanos.
“Estamos muito esperançosos com a vacina e esperamos que ela possa chegar no ano que vem. Até lá, vamos passar um verão muito duro, com muita dificuldade por conta da reintrodução do sorotipo 2 de dengue que tem encontrado, desde 2018, muitas pessoas suscetíveis à doença”, ressaltou o ministro da Saúde, durante o 7º Congresso Brasileiro Médico, Jurídico e da Saúde, em Vitória (ES), na segunda-feira.
Ao final da terceira fase de produção do imunobiológico, o Instituto Butantan precisa comprovar a eficácia por meio de estudo que deverá trazer os dados de segurança e índices finais de proteção da vacina. Após esse processo, será solicitado o registro da vacina na Agência Nacional de Vigilância Sanitária para que possa ser incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS).

fonte: Bem Paraná