Quatro servidores do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) foram indiciados no inquérito sobre um suposto esquema de cobrança de propina para a liberação de licenças ambientais envolvendo funcionários do órgão. As investigações concluídas nesta quinta-feira (14) apontam a participação do então chefe do escritório e de dois fiscais de Pato Branco, e do chefe em Francisco Beltrão. O documento será entregue ao Ministério Público (MP-PR), que tem 15 dias para decidir se oferece a denúncia à Justiça.
As ilegalidades começaram a ser apuradas no início de 2012, quando um empresário que esperava pela liberação de uma licença ambiental para construir gravou uma negociação entre o chefe do escritório do IAP em Pato Branco e um fiscal. A licença só seria concedida após o pagamento de propina. As imagens foram entregues à Polícia Civil, que passou a investigar o caso. Segundo o delegado da Polícia Civil Rômulo Contin Ventrella, durante as investigações dez pessoas foram ouvidas.
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IAP exonera funcionários suspeitos de corrupção e afasta outros nove Três funcionários do IAP são afastados suspeitos de corrupção. Em abril, o delegado responsável pediu a prisão dos dois servidores que aparecem na gravação e a do chefe do escritório em Francisco Beltrão, que segundo a polícia também tinha envolvimento no esquema ilícito. O juiz negou o pedido de prisão preventiva, determinando apenas o afastamento dos três, e decretou o sigilo no inquérito. Paralelamente ao trabalho da polícia, a direção do IAP abriu três sindicâncias, o que resultou no afastamento de outros nove servidores. Uma delas ainda está em andamento.

 

Apesar de as investigações internas ainda não terem sido totalmente concluídas, cinco funcionários de Pato Branco - onde os trabalhos estão sendo coordenados por um chefe interino transferido temporariamente de Paranavaí - já voltaram às funções. O chefe do escritório de Francisco Beltrão conseguiu na Justiça o direito de voltar ao trabalho, mas ocupando outra função.