Uma atitude incomum aconteceu ontem na Amsop, durante a assembleia do Ciruspar (Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgências do Sudoeste do Paraná): depois de abertos os trabalhos, com saudação do presidente do consórcio, prefeito de Marmeleiro Luiz Bandeira, e da explanação da coordenadora regional do Samu, Kelly Cristine Custódio, a sessão foi interrompida para uma reunião entre os prefeitos.

Ficaram duas horas conversando, numa sala fechada, com a coordenadora Kelly. No auditório, a imprensa e funcionários do Samu — que viviam a expectativa do anúncio de demissões, já que as contas estão no vermelho e a possibilidade de cortes de gastos existia.

Depois da conversa secreta, o anúncio de que tudo ficará como está, os salários serão pagos. “Estamos empenhados em seguir adiante”, disse Bandeira.

Para manter o Samu são gastos R$ 990 mil mensais e as receitas chegam a cerca de R$ 1 milhão. As maiores despesas são com os salários dos servidores — cerca de 300 profissionais. Um dos problemas cruciais é o atraso no repasse de verbas. O Estado, por exemplo, não pagou outubro. A União não pagou novembro e há municípios que desde o meio do ano não pagam a sua cota.

A receita do programa é assim dividida: 50% da União, 25% do estado e 25% dos 42 municípios, sendo R$ 0,79 por habitante.