O primeiro dia da greve por tempo indeterminado dos professores estaduais paralisa as aulas da rede estadual de ensino no Paraná nesta quarta-feira (23). O sindicato que representa a categoria estima que 70% das instituições de ensino estejam sem aulas e que em todos os colégios do estado haja pelo menos um adepto ao movimento grevista. A responsável pelo núcleo de Educação de Pato Branco, Ana Seres, informa nos 15 municípios que são atendidos pelo departamento aproximadamente 50 % dos profissionais  participam da  mobilização. “Precisamos destacar o caso de Clevelândia, onde ninguém aderiu a grave, todos os professores estão em sala de aula” destacou Ana.

 A presidente do Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), Marlei Fernandes de Carvalho, relatou que um acampamento de grevistas é montado nesta quarta (23) em frente ao Palácio Iguaçu, na Praça Nossa Senhora da Salete, em Curitiba. O local será o quartel-general do comando de greve e de onde deve partir uma grande passeata da categoria na próxima terça-feira (29). “Estamos em assembleia permanente, a qualquer momento a categoria pode deliberar sobre possíveis propostas.”

Nesta manhã, a reportagem registrou o momento em que professores organizavam faixas, com mensagens sobre a greve em Chopinzinho.

Reivindicações

O sindicato defende que o principal motivo da greve é o descumprimento pelo governo do estado de compromissos assumidos nas negociações no fim do ano passado, entre eles a inexistência de plano de saúde para a categoria. São citados oito temas de debate na pauta de reivindicações dos professores: salário, saúde e condições de trabalho, benefícios a funcionários da educação, benefícios de professores, reformulação de carreira, contratos temporários, direito a organização sindical e aspectos pedagógicos.

Em nota, a Seed divulgou nesta terça-feira (22) uma lista de quatro grandes pautas de negociação, envolvendo hora-atividade, salário, pagamento de promoções e concurso público. Em cada segmento há a previsão do impacto nos cofres públicos e o prazo de implementação. Não é citada no documento a questão dos planos de saúde. O governo rebate a reivindicação dos professores de que prazos não foram cumpridos, defendendo que o que não foi honrado está em fase de implementação ou tem prazo para ser executado.

 

A nota do Seed está no seguinte endereço:

 

 

http://www.educacao.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=5282&tit=Secretaria-de-Estado-da-Educacao-esclarece-reivindicacoes-de-sindicato