O Grêmio não vence nem marca gols há três jogos, e tem uma parada de 45 dias até a volta do Campeonato Brasileiro. Há, portanto, condições para que o trabalho do técnico Enderson Moreira seja questionado e colocado em xeque. O diretor de futebol Rui Costa, no entanto, assegura que o treinador é uma convicção da direção, e nem pensa em mudar o comando do futebol.

“É evidente que o treinador não pode dizer se fica ou não. Quem fala isso é o dirigente, e ele vai ficar”, afirmou Costa. Enderson prefere se manter alheio às discussões sobre sua permanência: “a direção tem total autonomia de fazer a avaliação do meu trabalho a cada instante. O contrato é renovado de jogo a jogo. Trabalho no futebol brasileiro e sei como as coisas funcionam, estou preparado para isso. No momento que acharem melhor trocar, vão trocar”, disse o técnico.

Em 2013, em situação semelhante à atual, o técnico Vanderlei Luxemburgo acabou demitido do comando gremista no final da parada para a Copa das Confederações. A relação do comandante com os dirigentes, no entanto, era bem mais turbulenta que a de Enderson atualmente.

O técnico gremista admite a fase instável de sua equipe, mas elogiou o começo de jogo do Grêmio diante do Palmeiras, quando o Tricolor criou ao menos quatro oportunidades de marcar, embora não tenha conseguido o gol: “a gente podia ter feito um gol nos primeiros 20 minutos, quando tivemos uma postura muito boa. Depois, o jogo ficou difícil, como é em todo o campeonato”, analisou Enderson.

O Grêmio chega à parada para a Copa do Mundo com 15 pontos, quatro atrás do líder Cruzeiro e a um do G-4, na 6ª colocação. A equipe receberá duas semanas de férias e retomará a seguir os trabalhos, que ocorrerão em Porto Alegre. O primeiro jogo na volta do Mundial está marcado para o dia 16 de julho, na Arena, contra o Goiás.