Após anos de luta por terra, os assentados agora vivem a margem da lei, totalmente preso pela insegurança vivida nos últimos dias, em menos de 15 dias é terceiro homicídio nas terras do assentamento Celso Furtado, em Quedas do Iguaçu.

A elevação desse índice foi à morte do Sr. Edemundo Kreuz (44 anos), o qual foi alvejado por uma arma de grosso calibre, provavelmente de calibre 12. Esse senhor residia na comunidade Bom Jesus, Assentamento Celso Furtado. A Polícia Civil fez diligencia, mas até o presente não logrou êxito.

Para os movimentos sociais, a violência que campeia é resultado da ausência de políticas públicas e agrárias efetivas que estabeleçam o homem no campo, ofertando-lhe dignidade. O Programa Brasil Mais Seguro, na visão das lideranças, expulsa os bandidos dos grandes centros, empurrando-os ao interior do Estado, desprovido das forças policiais. No remanso da zona rural, eles encontram refúgio e voltam a atuar na criminalidade.

“O povo vive em total vulnerabilidade econômica e social. O que o poder público fez foi muito pouco. Faltam estradas, casas, postos de saúde, saneamento e segurança pública, principalmente”, afirmou o coordenador estadual do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Josival Oliveira.