O ambiente na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão (PEFB) é de muita tensão depois que foram transferidos os detentos de Cascavel. Foi divulgado um documento interno, comunicado nº 6188, de 6 de setembro, informando para a direção da unidade um diálogo entre membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) sugerindo uma rebelião na unidade beltronense.

O ofício assinado por cinco agentes penitenciários reproduz um diálogo ocorrido no Bloco 3, próximo ao parlatório, entre alguns presos. Um dos líderes do PCC, identificado como “Mizuno”, cobrava os quatro jets (gerentes dos blocos) e disciplinas (presos subordinados aos jets) para ele completarem a “missão” dentro de 20 a 25 dias, que era descer tudo abaixo, que após vai tudo pra vala, vamos controlar a unidade e pra fazer essa caminhada chegar o mais rápido possível a todos os irmãos (membros PCC), pois a hora é agora, estamos em maior número e com muito mais irmãos.

Depois da rebelião na PEC, que começou no dia 24 de agosto e durou 48 horas, organizada pelo PCC, foram transferidos 168 presos para Francisco Beltrão. A unidade ficou com cerca de 1.200 detentos, número superior a sua capacidade e se tornou um barril de pólvora. Conforme um agente penitenciário, os líderes do PCC dentro da unidade penal firmaram um acerto para deflagrar uma nova rebelião. (Fonte: Jornal de Beltrão)