Em caso de acidentes automobilísticos deve-se tentar prestar socorro o mais rápido possível. Mas a melhor ação que você pode fazer é pegar seu telefone e ligar com brevidade para o Samu 192 ou para os Bombeiros 193. A orientação mais importante em caso de acidente é não remover as vítimas do veículo, mas sim se aproximar para ver quantos são os ocupantes do veículo e se estão responsivos. Esta é uma informação importante a ser repassada aos médicos do Samu 192, para este decidir quantas ambulâncias enviar.

Esta foto do jornal Diário do Sudoeste que ilustra a capa da edição desta sexta-feira (22) demonstra um acidente ocorrido às 14h30 desta quinta (21), no Trevo da Catani, em que o bebê de quatro anos foi removido da cadeirinha e o motorista, seu pai, também foi retirado do carro. Tudo isto antes da chegada dos socorristas. Quando o Samu e os Bombeiros chegaram, pouco minutos após o acionamento, os populares já haviam mudado bastante a cena e mexido nas vítimas. A equipe do Samu percebeu que a terceira vítima, a gestante de sete meses, preocupou-se com o fato de seu filho de quatro anos ter sido retirado do carro pela janela.

Preservar a vítima

Uma remoção não pensada, na hora do desespero, pode levar a vítima a ficar paraplégica ou tétraplegica. 

Em casos de colisões e capotamentos há politraumatismos e os socorristas do Samu 192 e dos Bombeiros 193 utilizam imobilizações que vão preservar a espinha dorsal, o pescoço e a cabeça da vítima, o que é vital para a sobrevivência e para evitar sequelas. 

Até a chegada do socorrista, o bebê conforto e a cadeirinha são os locais mais seguros para o bebê e a criança permanecerem, pois são dispositivos que preservam a integridade física. Apenas manuseios de retirada corretos devem ser aplicados. 

Também não se deve jamais oferecer alimentos ou líquidos, pois isto pode obstruir as vias aéreas e provocar uma parada cardiorrespiratoria.

Retirar toda a cadeirinha

Os únicos casos em que é permitida a retirada da criança - porém esta deve ser feita soltando o cinto de três pontos que prende o dispositivo e removendo toda a cadeirinha junto com o bebê -, é quando o carro está sob risco de explosão, apresentando fogo ou correndo o risco de uma segunda colisão por muita neblina na pista ou fumaça. 

A cadeirinha deverá ser removida com a soltura do cinto e a criança, ainda sentada no dispositivo de segurança/cadeirinha, ser colocada num local seguro, como o acostamento, acalmando-a até a chegada do socorro.

Lembrando que é um fator normal a criança ou o bebê chorarem, o que aos socorristas é um ótimo sinal, pois comprova que as vias aéreas e o padrão respiratório estão bons. Assim sendo, o choro é um fator importante. Se o choro parar é que se deve se preocupar e informar ao médico. 

Mesmo na cadeirinha, o bebê pode sofrer lesão, mas nesta condição ele está preservado.

Se a cena está controlada e as vítimas fora de risco de novas colisões, somente informe os ocupantes do veículo que o socorro já está a caminho e que permaneçam imóveis dentro do veículo. Manter a calma é agir com prudência. 

(Foto: Diário do Sudoeste)