É comum Eurico Miranda entrar na sala de entrevistas de São Januário e atrair o foco dos holofotes. Ainda mais depois de um clássico contra o Flamengo, o primeiro no estádio depois de 11 anos. Foi um sorriso no rosto e humor ácido, como de costume, que o mandatário vascaíno tirou sarro do tabu de sete jogos de invencibilidade sobre o Rubro-Negro e reclamou da divisão da renda do jogo.

Desde o início de 2015 que o Vasco mantém o bom retrospecto contra o maior rival. Em sete jogos, foram cinco vitórias e dois empates. “Cada vez mais está se constatando que o Vasco tem uma superioridade com relação ao Flamengo”, provocou. “Apesar de tudo o que foi feito na tentativa de não dar ao clássico o valor que ele tem, o Vasco deu uma demonstração que pode realizar qualquer partida de futebol como determina a legislação”, prosseguiu.

Acusando as propagandas da mídia de influenciarem o público a não comparecerem ao estádio, mesmo com segurança reforçada pela ação da PM, Eurico lamentou que os poucos mais de 13 mil pagantes poderiam ser ainda mais numerosos. “O estádio só não ficou pleno porque fizeram um tipo de campanha no sentido de que aqui ia ter violência, que não oferecíamos segurança…”, ponderou.

Citando, de forma positiva, os elogios feitos por Muricy Ramalho sobre a organização da partida, Eurico Miranda garantiu que os prejuízos causados pela torcida visitante – que danificou um dos banheiros revoltados com a falta d’água – serão todos atribuídos às contas rubro-negras.

 

“Ficou acertado que todo o prejuízo organizado e causado pela torcida do Flamengo vai ser pago por eles. O que eu achei muito estranho, na verdade, foi a divisão da renda em 50% a 50%, sendo que tínhamos 90% do público e eles 10%”, questionou Eurico, deixando a coletiva sem maiores comentários.