Dois dos acusados de envolvimento na morte do procurador do município de Chopinzinho, Algacir Teixeira de Lima, terão o júri transferido da comarca de Chopinzinho para a comarca de Guarapuava. O desaforamento, de acordo com o juiz diretor da comarca, Dr. João Ângelo Bueno, foi determinado pelo Tribunal de Justiça do estado do Paraná, atendendo pedido do ministério público, porém, ainda não há data definida para ocorrer.

Após análise do inquérito, segundo o juiz, a justiça determinou que seis dos sete acusados fossem submetidos a júri popular. Diante da determinação da justiça, a defesa de quatro dos acusados impetrou recurso no Tribunal de Justiça e aguarda decisão. Os outros dois acusados, Elvi Aparecida Haag, a macumbeira como era conhecida, e seu esposo Nilton Ferreira, não recorreram da decisão de irem a júri popular, por isso o processo contra os dois anda de forma mais rápida.

Diante disso, de acordo com Dr. João, na semana passada o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, acatou o pedido do ministério público da comarca de Chopinzinho, o qual solicitava o desaforamento do júri envolvendo os dois réus. Com essa decisão ficou definido que os dois acusados serão levados a julgamento na comarca de Guarapuava.

Entre as alegações apresentadas pelo Ministério Público, estão de que se trata de um crime que teve grande repercussão na comunidade, envolvimento de pessoas conhecidas na sociedade e por questão de segurança e isenção há a necessidade que o júri seja feito em outra comarca. Após analisar o pedido, o Tribunal de Justiça entendeu que tinha fundamento as alegações, acatando assim o pedido do Ministério Público definindo a comarca de Guarapuava como local a ser realizado o júri.

Os outros quatro acusados que foram remetidos a júri popular, Darci Lopes de Aquino, João Rosa do Nascimento, Jeferson Rosa do Nascimento e Giovane Baldissera, continuam aguardando decisão do Tribunal quanto ao recurso impetrado. Caso a decisão seja mantida, o próximo passo segundo o juiz será definir uma data para a realização do júri dos acusados.

Ao ser questionado se a decisão da justiça em transferir o júri para Guarapuava pode influenciar no caso dos demais acusados, Dr. João Ângelo Bueno, destacou que se a justiça mantiver a decisão de levar os demais a júri popular, é possível que haja também o pedido de desaforamento para os outros quatro acusados, que pode ser apresentado tanto pelo Ministério Público, pela defesa dos acusados, ou até mesmo acolhendo uma manifestação do próprio juiz do processo.

No caso do ex-prefeito Leomar Bolzani, o processo está tramitando no Tribunal de Justiça do estado do Paraná, tendo em vista que o mesmo possui foro privilegiado. Por determinação da justiça, Bolzani permanece em prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica a qual foi definida inicialmente por 90 dias, sendo que ao término se expirou no dia 28 de janeiro e a justiça determinou a prorrogação por mais 90 dias, prazo esse que termina no próximo dia 28 de abril.