O técnico Levir Culpi não escondeu sua revolta com a marcação do pênalti que resultou no segundo gol do Santa Cruz, decidindo o empate por 2 a 2. Na entrevista coletiva, após o jogo deste sábado no Raulino de Oliveira, o comandante do tricolor carioca admitiu que a partida foi interessante e que o Santa Cruz mostrou um bom sistema de marcação, mas que marcar o pênalti sobre Grafite foi um equívoco do árbitro, que prejudicou o Fluminense.
“Aconteceu um erro grosseiro da arbitragem no pênalti que modificou o resultado da partida”.
Com a sinceridade habitual, Levir lamentou o comportamento dos jogadores brasileiros que simulam faltas e complicam qualquer arbitragem.
“A simulação sempre deixa o árbitro em situação muito difícil”, afirmou.
O técnico disse, também, que se o árbitro que apitou a partida deste sábado estivesse apitando um jogo de Libertadores, não ficaria ninguém no campo, porque o critério que utilizou não foi legal.
Os jogadores também reclamaram bastante. No dia em que completou 188 jogos com a camisa tricolor, tornando-se o jogador do Fluminense recordista em participações no Campeonato Brasileiro, Gum deixou clara sua decepção com o resultado. O zagueiro garantiu que ninguém tocou em Grafite no lance que foi interpretado como pênalti pelo árbitro Jailson de Freitas: “Saio chateado porque vencemos o jogo, mas não levamos por causa de uma falha do árbitro”.
Wellington Silva, envolvido no lance polêmico com Grafite, afirma que não tocou no atacante do Santa Cruz e que ele tropeçou nas próprias pernas ao tentar fazer o cruzamento. Em depoimento à Rádio Globo, o lateral desabafou: “Eu sabia. A gente luta dentro de campo e a arbitragem faz isso. É coisa do futebol brasileiro”.