Embalada pela goleada de 7 a 1 sobre o Haiti, a Seleção Brasileira tentará deslanchar na Copa América Centenário neste domingo, contra o Peru, a partir das 21h30 (de Brasília), no Gilette Stadium, em Boston, pela última rodada do grupo B. Os brasileiros e os peruanos, que empataram por 2 a 2 com o Equador no meio de semana, dividem a liderança da chave com 4 pontos, dois a mais do que os equatorianos, que na preliminar pegarão os haitianos, já eliminados.
Com saldo de gols inflacionado, o Brasil tem a vantagem do empate para se classificar. Se for derrotado, torce para o Equador não tirar em uma eventual vitória sobre o Haiti a diferença no saldo de gols, que está zerado para a seleção equatoriana.
Com a classificação bem encaminhada, o técnico Dunga sabe que o mais importante é o Brasil apresentar um futebol convincente no jogo contra o Peru, adversário mais forte que o frágil Haiti, que não apresentou nenhum problema à equipe na goleada por 7 a 1.
“Estamos procurando sempre evoluir, independentemente de quem esteja do outro lado do campo. Contra o Equador, na estreia, pecamos em alguns aspectos, corrigimos contra o Haiti e agora podemos ter uma visão ainda maior do nosso estágio contra o Peru. Espero que o time se comporte ainda melhor, pois precisamos do resultado para avançarmos, e teremos uma segunda fase ainda mais complicada”, alertou Dunga.
Os jogadores também pensam em apresentar um bom futebol, e a ordem da vez é minimizar possíveis erros. Por isso, existe uma grande preocupação com alguns destaques da seleção peruana, como o atacante Paolo Guerrero, do Flamengo.
“O Peru conta com alguns jogadores em condições de decidir a partida e por isso mesmo precisamos estar muito ligados para não levarmos gols bobos. Não podemos, por exemplo, permitir que o Guerrero tenha alguma liberdade de finalização, pois se trata de um atleta oportunista, que dificilmente desperdiça uma oportunidade. Além disso, vamos precisar ser sempre constantes na busca pelo resultado positivo, pois acredito que a seleção peruana possa tentar cadenciar o ritmo do encontro”, disse o meia Renato Augusto.
Em termos de escalação, a Seleção Brasileira não poderá contar com o volante Casemiro, que foi advertido com o segundo cartão amarelo contra o Haiti e terá que cumprir suspensão automática. Walace aparece como a solução mais tradicional, mas não está descartado que o comandante seja ousado e opte pela entrada de Lucas Lima. Neste caso, Renato Augusto jogaria um pouco mais recuado, na função de segundo volante, com Elias preso na marcação. A boa notícia fica por conta do retorno do capitão Miranda. O zagueiro se recuperou de dores no músculo adutor da coxa direita e deve assumir a vaga de Marquinhos.
Pelo lado da seleção peruana, o técnico argentino Ricardo Gareca exige um forte e sólido sistema defensivo para evitar espaços ao rápido ataque brasileiro. “O Brasil não pode perceber um momento de falha nosso senão o resultado acaba não acontecendo. Vamos precisar ser perfeitos na marcação, não dando espaços para eles. Se tivermos um sistema defensivo bem sólido, com certeza temos qualidade na frente para decidir”, avisou o treinador.
Gareca vai manter a escalação que enfrentou o Equador no meio de semana, porém, no último treino antes do duelo contra o Brasil, foi possível notar algumas variações táticas, com os meias Alejandro Hohberg e Edison Flores ficando mais presos à marcação. Assim, o apoiador Christian Cueva terá um pouco mais de liberdade para encostar no flamenguista Paolo Guerrero, isolado no ataque.