A alta incidência de casos de caxumba no município de São João está causando preocupação nas autoridades ligadas à saúde. Somente nos últimos dias, segundo a enfermeira Simona Sholz, responsável pelo setor de vigilância epidemiológica da secretaria de saúde, aproximadamente 150 casos foram registrados. “... Tivemos até o momento cerca de 150 casos de caxumba confirmados clinicamente no município É uma doença que a gente não ouvia falar tanto e o número de casos era reduzido em função da vacinação. Ela é uma doença imunoprevenível, ou seja, com a vacina tríplice viral que é contra sarampo, caxumba e rubéola que as crianças fazem com um ano de idade. Ela não é uma doença erradicada, ou seja, se uma pessoa que entrou em contato coma doença e previamente não tenha sido vacinada, ela começa a transmitir para as outras pessoas que também não receberam a dose da vacina...” A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, é altamente eficaz. Estudos clínicos detectaram anticorpos contra caxumba em 96,1% das pessoas vacinadas; em 98% contra sarampo; e em 99,3% contra rubéola.

A caxumba, também chamada de papeira, tem um período de incubação de duas ou três semanas. Seus primeiros sintomas são febre, calafrios, dores de cabeça, musculares e ao mastigar ou engolir, além de fraqueza. Uma das principais características da doença é o aumento das glândulas salivares próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar. Nos casos graves, a caxumba pode causar surdez, meningite e, raramente, levar à morte. Após a puberdade, pode causar inflamação e inchaço doloroso dos testículos (orquite) nos homens ou dos ovários (ooforite) nas mulheres e levar à esterilidade. Altamente contagiosa, a caxumba é causada pelo vírus Paramyxovirus, transmitido por contato direto com gotículas de saliva ou perdigotos de pessoas infectadas. Costumam ocorrer surtos da doença no inverno e na primavera e as crianças são as mais atingidas. A melhor maneira de evitar a caxumba é através da vacinação aos 12 e 15 meses de vida. Caso uma pessoa seja afetada, ela não deve comparecer à escola ou ao trabalho durante nove dias após início da doença. É preciso, ainda, desinfetar os objetos contaminados como secreções do nariz, da boca e da garganta do enfermo. A vacinação de bloqueio é recomendada para quem manteve contato direto com pessoas doentes. 

 (Fonte: Douglas Nunes-PortalSJ.com)