O ex-prefeito de Chopinzinho, Leomar Bolzani (PSDB) vai a júri popular pela morte do procurador do município Algacir Teixeira de Lima, de 51 anos, assassinado em março de 2015. A data do julgamento ainda não foi definida.

Algacir Teixeira de Lima foi morto a tiros na frente das filhas quando chegava em casa. Bolzani foi preso alguns dias depois suspeito de encomendar o crime. Na época, seis pessoas foram presas suspeitas de participação no assassinato.

O processo está a cargo da Justiça de Chopinzinho desde maio de 2016, quando Bolzani renunciou ao cargo e deixou de ter foro privilegiado. Ele cumpre prisão domiciliar desde novembro de 2016. Na decisão, publicada no dia 5, o juiz João Ângelo Bueno apontou que há indícios suficientes para que o réu vá a júri pelo crime de homicídio qualificado.

Os agravantes são motivo torpe e promessa de recompensa. Segundo o Ministério Público Estadual (MP-PR), o ex-prefeito encomendou o assassinato por conta de denúncias de irregularidades na prefeitura feitas pelo procurador do Município. As investigações apontam ainda que o ex-prefeito combinou o pagamento de R$ 6,5 mil pela morte de Lima.

Em nota, familiares do procurador disseram que “aguardam com ansiedade a realização do julgamento e esperam convictamente que todos os envolvidos na morte do Dr. Algacir sejam devidamente punidos pelo ato bárbaro que praticaram”.

A defesa do réu informou que vai recorrer da decisão.

Casal condenado

Em julho de 2016, o casal acusado de envolvimento no assassinato foi considerado culpado e condenado a 15 anos de prisão por homicídio qualificado. O júri entendeu que a vítima não teve chance de se defender. Elvi Aparecida Haag Ferreira, de 42 anos, e o marido dela, Nilton Ferreira, de 44 anos, contrataram Darci Lopes de Aquino para matar o procurador.

O julgamento foi realizado em Guarapuava, na região central do estado. A cidade foi escolhida pelo Tribunal de Justiça a pedido da acusação, que alegou necessidade de se garantir a imparcialidade do processo.

(Fonte: G1-Oeste/Sudoeste)