Os apoiadores do candidato presidencial Jair Bolsonaro promoveram diversas manifestações neste domingo em algumas cidades do país para manifestar seu respaldo ao deputado, que foi esfaqueado na quinta-feira em um ato de campanha em Juiz de Fora.

Os militantes do Partido Social Liberal (PSL) responderam à convocação da legenda para que saíssem às ruas em defesa de Bolsonaro, já que o polêmico candidato, hospitalizado e sem previsão de alta médica, dificilmente voltará a participar de comícios até as eleições de 7 de outubro.

A principal manifestação aconteceu na manhã deste domingo na orla de Copacabana e reuniu cerca de mil pessoas, entre elas o deputado Flávio Bolsonaro, um dos filhos do candidato presidencial.

Em seu pronunciamento aos militantes, o filho de Bolsonaro assegurou que seu pai foi vítima do atentado porque praticamente já era dado como vencedor da disputa presidencial.

"Ele não será eleito por causa do ataque. Pelo contrário, foi esfaqueado porque já tinha sido eleito. Essa é a realidade, doa a quem doer", declarou.

"Eles queriam matar meu pai para tirá-lo da disputa ", acrescentou o deputado em um palanque improvisado em um caminhão que abria o desfile e no qual era visível um enorme letreiro com a mensagem "Eu repudio esse ato covarde".

Flávio Bolsonaro ainda aproveitou seu discurso para dizer que seu pai está se recuperando muito bem e já está caminhando.

"Nosso capitão está dando ordens do hospital, ao contrário dos que dão ordens da prisão", afirmou o deputado em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que luta nos tribunais para seguir na disputa presidencial.

Os manifestantes do Rio concluíram seu ato com uma oração coletiva para pedir pela rápida recuperação de Bolsonaro.

Outra grande concentração de seguidores do candidato presidencial do PSL aconteceu em Brasília e reuniu cerca de 800 pessoas, em sua maioria usando camisetas com o rosto de Bolsonaro e levando bandeiras do Brasil.

O ato em Brasília contou com a participação do general da reserva do exército, Augusto Heleno, um dos principais articuladores da campanha do ultradireitista.

O oficial, assim como Flávio Bolsonaro, insistiu que o atentado foi planejado por rivais políticos para evitar a vitória do candidato do PSL nas urnas e rejeitou as versões das autoridades, segundo as quais o agressor é uma pessoa com problemas psicológicos e que atuou de forma isolada.

"Não é um doente mental. Planejou tudo e é óbvio que havia outras pessoas envolvidas. Foi uma ação muito bem planejada, mas não conseguiram seu objetivo de tirar Bolsonaro das eleições porque Deus interveio", garantiu.

Fonte: Agência EFE