presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu neste domingo que cruzar a fronteira do país ilegalmente tem consequências, "seja com ou sem crianças", e pediu ao Congresso que mude a legislação migratória atual, que ele tachou como "a pior e mais idiota" no mundo todo.

"É preciso compreender que há consequências quando as pessoas cruzam nossas fronteiras, seja com ou sem crianças - e muitos estão simplesmente usando crianças para seus próprios propósitos sinistros", afirmou o presidente no Twitter.

  Donald J. Trump   ?@realDonaldTrump    

Please understand, there are consequences when people cross our Border illegally, whether they have children or not - and many are just using children for their own sinister purposes. Congress must act on fixing the DUMBEST & WORST immigration laws anywhere in the world! Vote “R”

8:58 AM - Jul 29, 2018 Twitter Ads info and privacy  

A Casa Branca foi alvo de várias críticas desde que decidiu adotar em abril uma política de "tolerância zero" contra os imigrantes que entravam no país irregularmente pela fronteira com o México, uma medida que acabou sendo suspensa em meados de junho pelas enormes críticas recebidas.

Diversos representantes do governo reconheceram que o propósito dessa política de "tolerância zero" era dissuasório, diante da incapacidade de Trump de construir um muro fronteiriço com o México ou de endurecer as leis por não contar com apoio necessário no Congresso, apesar dos republicanos controlarem as duas câmaras.

"O Congresso deve agir para regular a pior e mais idiota legislação migratória no mundo todo", acrescentou o presidente em sua mensagem.

Por causa dessa política de "tolerância zero", cerca de 3 mil menores de idade foram separados dos seus pais. No entanto, após uma ação movida pela União Americana de Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês), o juiz federal Dana Sabraw determinou que esta norma era contrária à lei e ordenou que o governo reunificasse as famílias.

Na última quinta-feira, não obstante, terminou o prazo dado pelo juiz e, embora o governo tenha conseguido reunir 1.820 famílias, segundo números oficiais, ainda falta saber qual será o destino de 711 menores que permanecem sob custódia.

Fonte: G1, Agência Brasil