A ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, foi condenada nesta sexta-feira a oito anos de prisão por obter financiamento ilícito do serviço nacional de inteligência e interferir em uma eleição, sentença que se soma a que ela já cumpre pelo caso "Rasputina".

O Tribunal do Distrito Central anunciou hoje a nova sentença contra a ex-presidente, após um julgamento por diversos crimes que causaram a cassação de Park e sua sua prisão no caso de corrupção.

Em abril, Park já havia sido condenada a 24 anos de prisão por diversos crimes cometidos dentro da trama de corrupção e tráfico de influência feita com sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como a "Rasputina", um escândalo que obrigou sua saída do governo em março do ano passado.

A nova sentença diz que a ex-presidente é culpada de ter recebido cerca de 3,5 bilhões de wons (cerca de 2,64 milhões de euros) entre os anos de 2013 e 2016 do Serviço Nacional de Inteligência sul-coreano (NIS), embora considera que não ficou provado que Park oferecesse favores em troca do dinheiro.

Além disso, ela foi acusava de em 2016, interferir na indicação de candidatos do seu partido, Saenuri, para as eleições parlamentares que aconteceram no mesmo ano.

O tribunal também ordenou que Park pague uma multa de 3,3 bilhões de wons (cerca de 2,49 milhões de euros).

A promotoria havia solicitado 15 anos de prisão por crimes que incluíam suborno, peculato e aceitação ilícita dos recursos do NIS.

A ex-presidente não compareceu hoje diante dos juízes para a leitura da sua sentença, da mesma forma que esteve ausente de outras aparições deste processo e o da "Rasputina", alegando motivos de saúde ou argumentando que todas estas causas eram motivações políticas.

Por outro lado, a Promotoria sul-coreana apresentou hoje uma apelação no Tribunal do Distrito Central de Seul para aumentar para 30 anos a pena que a ex-presidente recebeu em abril.

 

Fonte: Agência EFE