Moradores ribeirinhos e usuários do lago da represa da Usina Hidrelétrica Santo Santiago, que abrange vários municípios da região, estão preocupados com o aparecimento do mexilhão dourado no lago. O invasor está gerando problemas para os peixes e desconforto para quem frequenta o lago, pois exala um cheio horrível. 

Para conhecer mais sobre o mexilhão, o jornalismo da Nossa FM entrou em contato com a Engie Energia, que repassou algumas explicações, destacando que algumas medidas já estão sendo tomadas para evitar a proliferação.

 Contexto e posicionamento:

O mexilhão dourado é uma espécie de molusco invasor das bacias hidrográficas brasileiras cuja infestação tem sido alvo de estudos para mitigar sua proliferação. Do ponto de vista operacional da Usina Hidrelétrica, ele oferece riscos ao se fixar em estruturas como grades de proteção, tubulações e sistemas de arrefecimento, mas também riscos ambientais, ao se estabelecer nos rios e reservatórios, desordenando esses ecossistemas. 

Uma vez estabelecida nas estruturas das usinas, a espécie forma rapidamente densas colônias, assim como as fotografias enviadas,  exigindo intervenções corretivas para limpezas com maior frequência e a substituição de componentes antes do prazo regular. Atualmente as Usinas do Rio Iguaçu tem como rotina o monitoramento de larvas, dentro do Programa de Monitoramento da Qualidade da água e Ictiofauna dos reservatórios.   

A fim de ampliar a compreensão da espécie e propor ações efetivas de combate a infestações, a ENGIE Brasil Energia faz parte de uma inciativa conjunta com o Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce da Universidade Federal de Santa Catarina, que também envolve outros agentes do setor elétrico. 

Por meio de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento, vêm sendo identificados os impactos gerados pela presença do Mexilhão dourado à biodiversidade local, a partir de análises biológicas e abióticas em pontos dos reservatórios da bacia do Rio Uruguai. Os estudos incluíram, de forma inédita no Brasil, o uso de ferramentas de detecção molecular, bem como o primeiro relato sobre a microbiota do trato digestivo do Mexilhão-dourado, além de proporem medidas de controle biológico para mitigação.

A expectativa é que com os resultados dessa pesquisa, novas formas de controle ao molusco possam ser estabelecidas e aplicadas em todos os reservatórios onde o molusco esteja presente.

Fonte: Engie Energia

Fotos: Celso Turok/Candói