guerra comercial entre Estados Unidos e China deve entrar em uma nova fase mais calma nesta quarta-feira, quando o presidente norte-americano, Donald Trump, e o vice-premiê chinês, Liu He, assinarem um acordo inicial que busca aumentar as compras chinesas de produtos manufaturados, agrícolas, energia e serviços dos EUA.

A fase 1 do acordo encerra 18 meses de conflitos tarifários entre as duas maiores economias do mundo que afetou centenas de bilhões de dólares em produtos, prejudicando os mercados financeiros e canais de oferta e desacelerando o crescimento global.

Trump e Liu vão assinar o documento de 86 páginas em um evento na Casa Branca diante de mais de 200 convidados do setor empresarial, do governo e de círculos diplomáticos.

Uma tradução do texto para o chinês ainda estava sendo finalizada na terça-feira, enquanto Liu se encontrava com o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer.

O ponto central do acordo é uma promessa da China de comprar mais 200 bilhões de dólares em produtos dos EUA ao longo de dois anos para reduzir o déficit comercial bilateral dos EUA que chegou a 420 bilhões de dólares em 2018.

Uma fonte com conhecimento do acordo disse à Reuters que a China prometeu comprar mais 80 bilhões de dólares em produtos manufaturados dos Estados Unidos ao longo dos próximos dois anos, incluindo aeronaves, carros e autopeças, maquinário agrícola e aparelhos médicos.

A China também aumentará as compras de energia em cerca de 50 bilhões de dólares e serviços em 35 bilhões de dólares, enquanto as compras agrícolas subirão 23 bilhões nos dois anos, tudo comparado com um cenário básico de exportações dos EUA à China em 2017, disse a fonte.

Quando combinado aos 24 bilhões de dólares em exportações agrícolas em 2017, o total chega perto da meta anual de Trump de 40 bilhões a 50 bilhões de dólares em vendas agrícolas anuais à China.

Fonte: Reuters