Um acordo entre o Governo Federal e o MST  dá uma trégua no impasse envolvendo o movimento e  a empresa Araupel. A área foi ocupada por famílias sem terra em 2014. Nesta semana houve uma audiência, em Curitiba, com participação do ouvidor agrário Gercinco Filho. Após a conversa, o MST decidiu  atender uma das principais reivindicações dos mais de mil trabalhadores do setor madeireiro. Os sem-terra vão deixar os limites da área ocupada, compreendendo 30 hectares, e liberar também o acesso de funcionários da Araupel às áreas de exploração da empresa. Até então, para pressionar o governo a assentar as famílias, o MST, impedia a entrada dos funcionários para o trabalho, fazendo com que estes temessem o desemprego em massa.

O acordo prevê também que os imóveis e alojamentos da empresa deverão ser desocupados e liberados no prazo de sete dias úteis a contar a partir da audiência. A desocupação deverá ser acompanhada pela Polícia Militar bem como por uma comissão de representantes dos acampados.

A proposta prevê ainda a cessão de 190 hectares pela madeireira. O restante da área necessária para a transferência dos acampados deverá ser cedido pelo Incra e pelo Governo do Paraná. O prazo estipulado à União e ao Estado para essa definição é de 180 dias.

A área proposta é exclusivamente para fins agrícolas, como o  cultivo de milho, mandioca, verduras, hortaliças, feijão, batata doce, batata inglesa e arroz de cerqueiro. A construção de casas, escolas, creches ou hospitais está proibida.

(Fonte: Redesul)